sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Gatos...


Fiel, tranquilo, sempre ao meu lado, nos bons e nos maus momentos... um verdadeiro amigo!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

PERDI A ESPERANÇA COMO UMA CARTEIRA VAZIA...

Hoje, deixo Álvaro de Campos falar por mim...

Perdi a esperança como uma carteira vazia...
Troçou de mim o destino; fiz fi
gas para o outro lado,
E a revolta podia ser bordada a missanga por minha avó
E ser relíquia da sala da casa velha que não tenho.

(Jantávamos cedo, num outrora que já me parece de outra incarnação,
e depois tomava-se chá nas noites sossegadas que não voltam.
Minha infância, meu passado sem adolescência, passaram,
Fiquei triste, como se a verdade me tivesse sido dita,
Mas nunca mais pude sentir verdade nenhuma excepto sentir o passado.)


...hoje, ontem, sempre... resta-me SENTIR O PASSADO. Ficarás sempre guardado no meu coração....

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Novos quadros - óleo sobre tela








































Estes são os últimos quadros que pintei no meio desta confusão da avaliação das escolas... Se tivesse futuro como pintora, mandava-os pintar macacos!!! Assim, resta-me penar até ao fim dos meus dias...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Névoa

(Imagem retirada da net, via Google)

A vida escoa-se entre os dedos desatentos
O corpo refugia-se no silêncio inconsciente
A alma, perdida, procura a utopia
A esperança dilui-se, o sorriso mente...
Não se encontra norte, nem ponto final
Não se vê saída deste labirinto...
Percorrem-se os dias, as noites, os tempos
Numa embriaguês, própria do absinto...
Quisera vencer, derrotar o tédio
Quisera encontrar um sinal, um guia
Mas este cinzento, esta névoa espessa,
Não deixa que o Sol ilumine o dia...

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Lamento...

Fugaz felicidade
Porque me abandonaste?
Porque deixaste em mim
Um coração petrificado?
Porque me dás, às vezes,
A esperança de um regresso?
Não me iludas!
Não quero abrir mais feridas,
Não quero mais sofrer...
Quero apenas paz
Quero apenas esquecer...

domingo, 28 de setembro de 2008

Divagação outonal...


domingo, 21 de setembro de 2008

Domingo à tarde...

sábado, 13 de setembro de 2008



sábado, 6 de setembro de 2008

Mulheres...

(Óleo sobre tela, de minha autoria, a partir de imagem encontrada na net, de que desconheço o autor)
Que segredos encerras no teu peito?
Que mistérios são esses que te envolvem?
Tens dentro de ti a força dos ousados,
Procuras, sem medo, partir à aventura.
Não baixas os braços, na luta constante,
Tu és vida, és força,
És mulher e amante...
És lágrima e riso, és paixão e dor
Mas dentro de ti floresce o amor!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Pensar é destruir


O homem vulgar, por mais dura que lhe seja a vida, tem ao menos a felicidade de a não pensar. Viver a vida decorrentemente, exteriormente, como um gato ou um cão - assim fazem os homens gerais, e assim se deve viver a vida para que possa contar a satisfação do gato e do cão. Pensar é destruir. O próprio processo do pensamento o indica para o mesmo pensamento, porque pensar é decompor. Se os homens soubessem meditar no mistério da vida, se soubessem sentir as mil complexidades que espiam a alma em cada pormenor da acção, não agiriam nunca, não viveriam até. Matar-se-iam assustados, como os que se suicidam para não ser guilhotinados no dia seguinte.
Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Num dia tudo se tem, no outro tudo se perde...

Num dia tudo se tem
No outro tudo se perde...
Por vezes, tudo se pensa,
Por outras, nada se mede.
++
Passo dias a pensar,
Não encontro soluções...
Gostava de conseguir
Ser isenta de emoções.
++
Toda a vida detestei
A falta de sentimentos
Mas confesso que me fazem
Passar por tristes momentos.
++
Se eu pudesse decidir,
Abolia o pensamento
E deixava-me voar
Embalada pelo vento.
++
Como não tenho esse dom,
Nada consigo mudar...
Cresci e hei-de morrer
Sempre a pensar, a pensar.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Quadras

Não te fies no meu rosto,
Lê antes a minha alma,
Posso sorrir sem parar,
Mas nem por isso estar calma.
..
Não leias a minha alma,
Se não fores experiente,
Pois poderás enganar-te
E ler algo bem diferente.
...
Não ouças minhas palavras,
Lê antes o que não digo,
Porque, às vezes, falo, falo,
Mas só frases sem sentido.
...
Para leres o que não digo,
Procura no meu olhar,
Já tentou por várias vezes
Mas nunca soube enganar.
...
E se quiseres perceber
O que se passa comigo,
Terás que ir decifrando
O que penso, mas não digo.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Efémera é a vida
Indelével a saudade
Forte o sofrimento
Fugaz a felicidade
.....
Utópica é a esperança
Constante é o querer
Perene é a certeza
Que não te vou esquecer
......
Sentido é o que digo
Diverso o meu pensar
Constante o meu desejo
De te poder beijar

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Querer não é poder...

Dizem que querer é poder
Mas não posso acreditar
Porque já quis e não pude
Tive de me resignar
*
Já fui forte e sonhadora
Já me deixei embalar
Hoje já perdi vontade
E recuso-me a sonhar
*
O sonho comanda a vida
Disse o poeta a sorrir
Mas o que ele não sabia
É que o sonho pode ferir

domingo, 13 de julho de 2008

Indiferença

Sinto-me envolta
Numa indefinível letargia
A que não resisto,
De que não acordo,
Mesmo que a voz interior
Me diga constantemente
Que a vida tem sabor
Que é preciso estar contente...
Mas as forças diminuem
Não há farol, não há guia
E, por muito que me esforce,
É assim meu dia-a-dia.
Num deslizar automático
Sem sabor ou emoção
Vou passando a minha vida
Ao ritmo da ocasião.

sábado, 5 de julho de 2008

Ausência

Sento-me no fio da esperança,
Embalada pelo desejo.
Adormeço nos braços do silêncio,
Mas é nos sonhos que divago.
Não quero acordar...
Quero ficar assim constantemente
Na ausência, no torpor suave...
Quero deixar-me flutuar
Longe, bem longe, como ave...
Mas este sono não é eterno
E um súbito sobressalto
Devolve-me à dura realidade...
Abro os olhos...quero fechá-los
E ficar assim para a eternidade.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Delírio

Sinto-me bem
Sinto-me muito bem
Quando me deixo deslizar
Quando me deixo perder
Na ternura de um olhar
E me esqueço de sofrer.

Sinto-me bem
Sinto-me muito bem
Quando me deixo embalar
Quando me deixo envolver
Nas ondas de um estranho mar
Onde me quero perder.

Sinto-me bem
Sinto-me muito bem
Mas por segundos apenas
Porque abro os olhos e sinto
Que estas palavras amenas
São delírio do absinto.

sábado, 21 de junho de 2008

Dúvida

Secaram-se as palavras
Não há mais, não as encontro,
Nem de dor, nem de alegria...
Anulou-se a vontade,
Perdeu-se a inspiração.
Mesmo que um esforço faça,
Que procure uma razão,
Nada tenho, nada encontro,
Só sinto, só navego
Neste mar de indecisão.
O que fui já não sou,
O que sonhei, esqueci.
Pergunto, não sei porquê,
Nem para que é que nasci.

domingo, 8 de junho de 2008

Pedido


Ampara meu corpo trémulo
Oferece-me os teus braços
Vem deixar-me uma palavra
Apanhar os estilhaços...
---------
Vem afagar meus cabelos
Acariciar a minha alma
Vem tocar-me nos meus lábios
Vem trazer-me a tua calma.
...........
Partiste em longa viagem
Procuro, não sei de ti
Volta, vem depressa, amor
O teu lugar é aqui.

sábado, 31 de maio de 2008

Fúria Matinal

(pormenor)

(Óleo sobre tela - 31.05.2008)
Rompe a manhã
Emerge a consciência
Ergo-me a custo
Deste mar de indolência
O Sol insiste
Em violar o meu espaço
Corro as janelas
Nem sei por que o faço
Na ânsia da revolta
E da mágoa sem igual
Nasceu com gesto incerto
Esta "fúria matinal"

terça-feira, 27 de maio de 2008

Leve brisa fresca...


Leve brisa fresca
Quero-te sentir
Alisa-me os cabelos
Envolve este meu corpo
Devolve-me o sorrir
*****
Leve brisa fresca
Dá-me o teu vigor
Embala-me nos teus braços
Afaga as minhas faces
Afasta a minha dor

Leve brisa fresca
Cerra-me o olhar
Acaricia-me o peito
Toca as minhas mãos
E deixa-me sonhar

sábado, 24 de maio de 2008

Vulcão


(Imagem retirada da net, via Google - img89.imageshack.us/img89/4167/514306400a005e)

A lava incandescente
Que extravasa deste peito
Deixa chaga bem marcada
Queima o leito onde escorre
Fere a alma
Mata a esperança
Destrói tudo o que percorre.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Emoções...


Deus ter-nos-ia posto água nas veias, em vez de sangue, se nos quisesse sempre imperturbáveis.
Verne, Júlio

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Queda

*****************A dor
********************A dúvida
**********************A ilusão
***********************+A tristeza
***************************O medo
*****************************A paixão
*******************************O sofrimento
*********************************A loucura
***********************************A solidão

*****************************************colocam-nos
***********************************************à beira

****************************************************do

******************************************************p
************************************************************+r
**************************************************+++e
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++c
********************************************************i
********************************************************p
*********************************************************í
*********************************************************c
**********************************************************i
**********************************************************oooooooooooo
***************************************************************oooooooooo
(Imagem retirada da net, via Google)

domingo, 11 de maio de 2008

Uma lâmina

Dilacera

O peito

Que amou

Que viveu

Que, um dia,

Tudo teve

E, agora,

Tudo perdeu.

sábado, 3 de maio de 2008

Nenúfar - óleo sobre tela

(Óleo sobre tela 90 x 60 - 2008)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Rosas



Estas rosas, meu amor, são para ti
São dadas com carinho e com paixão
Foram colhidas no canto do jardim
Onde tantas vezes seguraste a minha mão.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Um ano passou...

Faz hoje um ano que comecei esta aventura. Sem muita convicção. Fi-lo porque precisava verbalizar alguns dos meus sentimentos. Como uma espécie de terapia. Como se este espaço fosse o amigo cúmplice, que estaria sempre à minha disposição, independentemente do dia, da hora, do local. Assim aconteceu. Mas, muito mais do que essa cumplicidade sem rosto, o que ganhei foi a oportunidade de encontrar pessoas que me animaram nos momentos mais sombrios e que, pouco a pouco, ganharam um espaço no meu coração. Não só por isso, mas sobretudo por isso, o saldo é francamente positivo.

Não sei se aqui vou continuar muito ou pouco tempo. Por vezes, sinto que, cada vez mais, tenho dificuldade em exprimir o que me vai na alma. Outras, questiono-me acerca da minha própria lucidez e da pertinência do que escrevo. Contudo, sei que ainda me sinto bem neste espaço.


Muito obrigada a todos os que têm a paciência de me visitar, de comentar o que escrevo, de me mandar mensagens ou de me telefonar. Sabe bem contar com todos.


Um beijo.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O teu sorriso....


Neste dia brilhante, solarento
Em que se sente o primeiro calor
Na minha alma continua este tormento
De já não estares comigo, meu amor...

Tudo me fala de ti, do teu sorriso
Tudo me lembra o teu carinho imenso,
Nada me traz de volta o que preciso
Nada me devolve em quem eu penso.

domingo, 20 de abril de 2008

Mourir dans tes bras

Y en a qui meurent bien trop tard quand leur paradis est passé
Y en a qui meurent au hasard d'un coup de dé
Y en a qui meurent sans savoir qu'ils ne sont jamais nés vraiment
Y en a qui meurent sans espoir mais pleins d'argent

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent dans les mémoires c'est bien pire que perdre la vie
Où ceux qui restent quittent le noir et vous oublient
Y en a qui meurent en marchant pour aller cacher leur vieillesse
Aux neiges du grand désert blanc, plaine de promesse

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent parce que c'est beau de voir le soleil se coucher
Et d'attendre le jour nouveau de l'autre côté
Y en a qui meurent en dormant, en offrant un sourire aux anges
Y en a qui meurent comme des enfants et gagnent au change

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent la bouche pleine en libérant un dernier rôt
En se caressant la bedaine mais trop c'est trop
Quand d'autres vont le ventre vide berçant leur mort à bout de bras
En suivant la main qui les guide là où on ne les verra pas

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent par erreur pour une poussière sur la balance
Quand la justice a ses rancoeurs ou ses absences
Y en a qui meurent dans les poubelles, les bannis de la société
Leur rêve au bout d'une ficelle, comme un ballon crevé

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent au printemps comme des éclairs, comme des flambeaux
Barrant la route pas pour instant aux chars d'assaut
Y en a qui meurent avec permis matriculé comme il se doit
Laissant un casque et un fusil sur une croix

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent tous les soirs quand le spectacle est terminé
Quand ils retrouvent dans leur miroir leur vérité démaquillée
Y en a qui meurent en marguerite effeuillée d'une main distraite
Un peu, beaucoup, beaucoup trop vite et ça s'arrête

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras
Prends ma main ne la lâches pas

Salvatore ADAMO

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Chuva...


Monótona, a chuva dança
Num silêncio aterrador
Por mim já perdi a esperança
De ver longe a minha dor.

*
Vejo os dias tão iguais
E as noites tão sem graça
Que julgo que são fatais
Todas as coisas que faça.

*
Se a vida for só isto
E o tempo nada mudar,
Eu já não sei se resisto
Ou vou deixar de lutar.

sábado, 12 de abril de 2008

Ventos de Abril...

( Óleo sobre tela )

E era Abril sereno,
Com as cores amenas,
As chuvas suaves,
Os ventos tranquilos.
Mas, rasgando as entranhas,
Sentimos tão forte
Aquela rajada,
Aquela tormenta,
Prenúncio de morte.
O riso findou,
O Sol estremeceu,
As cores desmaiaram,
Tudo se perdeu.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Alguém disse...eu concordo


(Alentejo - 1o.04.2008)

"Há pessoas que nunca se perdem porque nunca se põem a caminho."
Goethe , Johann

terça-feira, 8 de abril de 2008

Amores-perfeitos


Ainda há amores perfeitos...
*
Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.
*
Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
*
Imensos jardins da insónia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.
*
Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
*
Longe, longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se aleita,
entre pálpebras de areia...
*
Longe, longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.
*
(Cecilia Meireles)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sem ti...


Hoje, acho que atingi
O limite da raiva,
Da angústia, da revolta
Que me reduzem
À triste condição
De um ser agitado,
De um ser ansioso,
De um ser indeciso,
Que quer e não quer,
Que ama e detesta,
Que faz e desfaz,
Que chora e que ri...
De um ser que não sabe,
Não pode, não quer
Viver longe de ti.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Momentos...

quinta-feira, 27 de março de 2008

Alguém disse...eu concordo



"O maior pecado para com os nossos semelhantes,
não é odiá-los mas sim tratá-los com
indiferença;
é a essência da desumanidade."

SHAW, Bernard, O Discípulo do Diabo

segunda-feira, 24 de março de 2008

Flores



Neste mundo de rancores
De lutas e tempestades,
Neste mundo sem amores
Onde imperam as vaidades,
Restam ainda estas cores
Naturais e esplendorosas
E também os bons odores
Que irradiam docemente
Dum simples campo de flores.

sábado, 22 de março de 2008

Anulação



Estou a caminho do zero
Nesta anulação de mim,
Sem forças para lutar,
Sem vontade, sem querer.
Já não sinto, já não penso,
Já nem sei porque nasci.
Porque a vida perdeu cor
E a luta perdeu sentido,
O futuro não me chama
E o presente está perdido,
Quero acabar com a dolência
E esmagar este tédio,
Quero encontrar o milagre,
Quero saber o remédio!

domingo, 16 de março de 2008

Domingo à tarde...Barragem de Montargil...

sábado, 15 de março de 2008

Ser/parecer

The Image Disappears, Salvador Dali

Atrás da máscara da inocência

Esconde-se a verdadeira identidade

Do ser mesquinho, de entranhas putrefactas,

Que não ousa assumir

A real face do seu nojento ser.

Assim vai, qual anjo celestial,

Espalhando a imagem da pureza,

Que é traçada com sagaz vileza,

Num jogo exímio entre o ser e o parecer.

domingo, 9 de março de 2008

Caminhos...

(Imagem retirada da net, via Google)

Contrastando com a suave caminhada

De um simples e belo viageiro,

Arrastamo-nos num caminho sinuoso

Deste mundo complexo e traiçoeiro...

Não entre cores suaves matizadas,

Entre brancos e azuis libertadores,

Mas entre cores negras carregadas

Que nos fazem gemer de tantas dores...

terça-feira, 4 de março de 2008

Se...

(Imagem de A.G)

Se não tivesses partido, farias hoje 58 anos.

Se não tivesses partido, também festejaríamos hoje 30 anos de casados.

Se, se, se...

Se...

Um beijo para ti, onde quer que estejas.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Sentimentos

Nem o dia mais lindo,
O Sol mais risonho,
A flor mais colorida
Chegam para afastar
A mágoa que me ficou
De ter ter perdido
De forma tão agreste!
Fiquei nevoeiro
Chuva miudinha
Nuvem carregada...
Fiquei com o vento
Tormenta constante
Fiquei sem amigo
Fiquei sem amante.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Palavras

( O calor do sol de Porto Covo, sentido pelo meu amigo Luisamrnet)

Quando a palavra proferida
Causa, em quem a ouve, um arrepio;
Quando essa palavra dita
É sentença, provoca calafrio;
Quando sentes que o mundo desabou,
Pressentes que o destino te tramou,
De que precisas, afinal?
Eu, uma comum mortal,
Preciso de um ombro acolhedor,
De um abraço que me dê algum calor,
Para sentir que vale a pena viver,
Para sentir que lutar é meu dever.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Desafio

Não costumo responder a todos os desafios, mas há alguns que me despertam mais interesse e que aceito com prazer. Foi a caso deste, enviado pela "Outono Desconhecido". Consiste em escrever doze palavras que me digam alguma coisa e descrever o que significam para mim. Assim, fui anotando as palavras que, espontâneamente, me surgiram e eis o resultado:
1- FAMÍLIA - o porto seguro, está sempre lá quando preciso;
2- AMIGOS - o apoio, a cumplicidade, o complemento da família;
3- FILHOS - o meu orgulho, a fonte de muitas alegrias e de constante preocupação;
4- AMOR - essencial para o equilíbrio do ser humano. Quando se perde um grande amor, já pouco resta;
5- HONESTIDADE - uma das características que exijo em mim e que aprecio nos outros, já que não a posso exigir de toda a gente;
6- HUMILDADE- detesto seres arrogantes;
7- MORTE- a maior tragédia que temos que enfrentar e nem sempre conseguimos;
8- MÚSICA- faz-me rir, faz-me chorar, faz-me sonhar, faz-me sentir;
9- FLORES- um dos encantos da natureza;
10- SAÚDE- o único bem essencial que não devia faltar a ninguém;
11- ORGULHO- algo que não tenho e que acho que me fazia falta em dose mínima;
12- HIPOCRISIA- apesar de haver cada vez mais, ainda tenho imensas dificuldades em lidar com ela. Acho mesmo que nunca conseguirei.
E pronto. Não vou passar o desafio a ninguém, até mesmo por não saber quem já o terá recebido. Quem lhe achar algum interesse que lhe dê continuidade.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Alguém disse... eu concordo


(Foto de Luisamrnet)

"É sobretudo na solidão que se sente a vantagem de viver com alguém que saiba pensar."

ROUSSEAU, Jean Jacques, Les Confessions

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Imensidão serena

(Os Açores vistos pela objectiva do meu amigo Luisamrnet)

Imensidão serena
Que o olhar não alcança
Quando transformarás
Esta minha tristeza
Num fino fio de esperança?

Tu, verde tranquilo,
Que invades meus pensamentos,
Faz de mim um outro ser,
Acaba com minhas mágoas,
Põe um fim aos meus tormentos!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

No azul deste mar

( Foto dos Açores da autoria do meu amigo Luisamrnet.)

No azul deste mar,
Lançaria meus fantasmas...
***********
No azul deste mar,
Afogaria as mágoas
Que torturam os meus dias.
********
No azul deste mar,
Procuraria mergulhar
O que em mim flutua:
Este frio, este medo,
Esta ausência tua.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Novelo de sentimentos...

Acrílico sobre tela - 2008


A luz surge promissora
Empurra a noite de breu
Contudo, o meu coração
Permanece preso ao teu.
*
Sinto saudade infinita
Aliada à solidão
Por mais que faça ou inove
Não encontro a solução.
*
Por vezes dão-me conselhos
Que ouço com atenção
Mas não passam de palavras
Cheias de boa intenção.
*
Não sei já fazer projectos
Nem quero sonhos no ar
Sonhei tanta, tanta coisa
Que não pude realizar.
*
Vou vivendo o dia a dia
Sem lutas descomunais
Pensando nos nossos filhos
Na família e pouco mais.
*
Já perdi as ilusões
Já pouco espero da vida
Quero só alguma paz
E não me sentir perdida.