quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Desejo

Aqui
Agora
Não queria mais nada...
Apenas o silêncio,
O olhar sedutor,
O abraço ,
O beijo,
O toque,
O prazer
Do teu amor.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

"Modo automático"


Quero escrever algo, tento vezes sem conta, mas o resultado é sempre o mesmo: não encontro palavras para dizer o que quero ou, pior do que isso, nem sei se quero dizer alguma coisa. Chego a pensar que o meu cérebro foi esvaziado de conteúdo significativo e apenas restam as funções que me permitem sobreviver. Contudo, essa sobrevivência limita-se a uma espécie de "modo automático", em que sou conduzida através do tempo como se tivesse sido anestesiada e olho mas não vejo, quero mas não ajo, penso mas não decido. Não se trata de depressão, embora os sintomas possam ter essa leitura. É apenas infelicidade.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Labirinto

Percorro freneticamente
Os caminhos insondáveis do ser.
Por mais que tente
Não sei para que é viver.
Estou prisioneira
Deste enorme labirinto
Avanço, recuo
Já não sei o que sinto...

A vida é cruel, é jogo de azar
Tanto pode sorrir, como pode acabar.
Quer queiras quer não, nunca vais saber
Se entras no jogo a ganhar ou a perder.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Vida

Quando a vida nos sorri
Numa paleta de cores
Perdemos o nosso tempo
Com projectos, com rancores,
Com poupanças, com receios,
Com ódios ou desamores.
Se a vida perde o sorriso,
Se guarda todas as cores,
Queremos voltar atrás,
Projectamos a mudança,
Rejeitamos coisas más,
Fazemos promessas vãs...
Mas nem sempre o tempo cede
Nem o destino se altera.
Ficam projectos caídos,
Ficam turvas as manhãs,
Fica na paleta o preto
Com pinceladas fugazes.
Resta a monotonia,
Resta o viver ao sabor
Do tempo, do destino,
Da ausência do amor!
A vida não pode ser
Um projecto a longo prazo
A vida é para viver
Não amanhã, mas agora.
A vida é para gastar
Antes que ela vá embora.