quarta-feira, 30 de abril de 2008

Um ano passou...

Faz hoje um ano que comecei esta aventura. Sem muita convicção. Fi-lo porque precisava verbalizar alguns dos meus sentimentos. Como uma espécie de terapia. Como se este espaço fosse o amigo cúmplice, que estaria sempre à minha disposição, independentemente do dia, da hora, do local. Assim aconteceu. Mas, muito mais do que essa cumplicidade sem rosto, o que ganhei foi a oportunidade de encontrar pessoas que me animaram nos momentos mais sombrios e que, pouco a pouco, ganharam um espaço no meu coração. Não só por isso, mas sobretudo por isso, o saldo é francamente positivo.

Não sei se aqui vou continuar muito ou pouco tempo. Por vezes, sinto que, cada vez mais, tenho dificuldade em exprimir o que me vai na alma. Outras, questiono-me acerca da minha própria lucidez e da pertinência do que escrevo. Contudo, sei que ainda me sinto bem neste espaço.


Muito obrigada a todos os que têm a paciência de me visitar, de comentar o que escrevo, de me mandar mensagens ou de me telefonar. Sabe bem contar com todos.


Um beijo.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O teu sorriso....


Neste dia brilhante, solarento
Em que se sente o primeiro calor
Na minha alma continua este tormento
De já não estares comigo, meu amor...

Tudo me fala de ti, do teu sorriso
Tudo me lembra o teu carinho imenso,
Nada me traz de volta o que preciso
Nada me devolve em quem eu penso.

domingo, 20 de abril de 2008

Mourir dans tes bras

Y en a qui meurent bien trop tard quand leur paradis est passé
Y en a qui meurent au hasard d'un coup de dé
Y en a qui meurent sans savoir qu'ils ne sont jamais nés vraiment
Y en a qui meurent sans espoir mais pleins d'argent

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent dans les mémoires c'est bien pire que perdre la vie
Où ceux qui restent quittent le noir et vous oublient
Y en a qui meurent en marchant pour aller cacher leur vieillesse
Aux neiges du grand désert blanc, plaine de promesse

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent parce que c'est beau de voir le soleil se coucher
Et d'attendre le jour nouveau de l'autre côté
Y en a qui meurent en dormant, en offrant un sourire aux anges
Y en a qui meurent comme des enfants et gagnent au change

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent la bouche pleine en libérant un dernier rôt
En se caressant la bedaine mais trop c'est trop
Quand d'autres vont le ventre vide berçant leur mort à bout de bras
En suivant la main qui les guide là où on ne les verra pas

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent par erreur pour une poussière sur la balance
Quand la justice a ses rancoeurs ou ses absences
Y en a qui meurent dans les poubelles, les bannis de la société
Leur rêve au bout d'une ficelle, comme un ballon crevé

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent au printemps comme des éclairs, comme des flambeaux
Barrant la route pas pour instant aux chars d'assaut
Y en a qui meurent avec permis matriculé comme il se doit
Laissant un casque et un fusil sur une croix

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras

Y en a qui meurent tous les soirs quand le spectacle est terminé
Quand ils retrouvent dans leur miroir leur vérité démaquillée
Y en a qui meurent en marguerite effeuillée d'une main distraite
Un peu, beaucoup, beaucoup trop vite et ça s'arrête

Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras
Je voudrais mourir dans tes bras
Prends ma main ne la lâches pas

Salvatore ADAMO

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Chuva...


Monótona, a chuva dança
Num silêncio aterrador
Por mim já perdi a esperança
De ver longe a minha dor.

*
Vejo os dias tão iguais
E as noites tão sem graça
Que julgo que são fatais
Todas as coisas que faça.

*
Se a vida for só isto
E o tempo nada mudar,
Eu já não sei se resisto
Ou vou deixar de lutar.

sábado, 12 de abril de 2008

Ventos de Abril...

( Óleo sobre tela )

E era Abril sereno,
Com as cores amenas,
As chuvas suaves,
Os ventos tranquilos.
Mas, rasgando as entranhas,
Sentimos tão forte
Aquela rajada,
Aquela tormenta,
Prenúncio de morte.
O riso findou,
O Sol estremeceu,
As cores desmaiaram,
Tudo se perdeu.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Alguém disse...eu concordo


(Alentejo - 1o.04.2008)

"Há pessoas que nunca se perdem porque nunca se põem a caminho."
Goethe , Johann

terça-feira, 8 de abril de 2008

Amores-perfeitos


Ainda há amores perfeitos...
*
Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.
*
Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
*
Imensos jardins da insónia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.
*
Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?
*
Longe, longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se aleita,
entre pálpebras de areia...
*
Longe, longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.
*
(Cecilia Meireles)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sem ti...


Hoje, acho que atingi
O limite da raiva,
Da angústia, da revolta
Que me reduzem
À triste condição
De um ser agitado,
De um ser ansioso,
De um ser indeciso,
Que quer e não quer,
Que ama e detesta,
Que faz e desfaz,
Que chora e que ri...
De um ser que não sabe,
Não pode, não quer
Viver longe de ti.