sábado, 28 de julho de 2007

Verdes...


Que o fim de semana seja agradável para todos. Que sobrevivamos a este calor!

terça-feira, 24 de julho de 2007

A voz do silêncio

Hoje sou apenas silêncio,
Sou monólogo constante,
Sou o som do desgosto.
Hoje, queria ter-te aqui,
Tocar o teu rosto,
Afagar as tuas mãos,
Numa vertigem louca.
Queria percorrer o teu corpo,
Contar-te os meus segredos,
Partilhar os meus projectos,
Sentir na minha a tua boca.
Queria tanta coisa!
Era um sonho promissor!
Agora, restam a solidão,
A ausência e esta grande dor.

domingo, 22 de julho de 2007

Alfazema

"Eu sei, meu amor, que nem chegaste a partir, pois tudo em meu redor me diz que estás sempre comigo..."


sexta-feira, 20 de julho de 2007

Acrílicos em cores suaves

Também tenho de gastar a tinta vermelha, apesar de não ser uma cor que me encante...
O verde é outra coisa! Lembra o clube cá de casa, a esperança, os prados...



quarta-feira, 18 de julho de 2007

Pela noite dentro...

Acrílico sobre tela

Pormenor da tela anterior







terça-feira, 10 de julho de 2007

Momentos

Há momentos que corroem o nosso interior,
Que deixam alastrar o veneno da dúvida,
O tormento da caústica incerteza,
A angústia insuportável da dor.

Passam lentos, tão lentos
Que os relógios nos parecem atrasados,
Que parece que descemos aos infernos,
Onde somos, pelas chamas, imolados.

Alguns não têm fim - são eternos.
Outros terminam, em alegre acalmia.
E, então, o alívio é tão grande
Que parece que crescemos
E ficamos no ar a flutuar,
Sentindo paz, felicidade, alegria,
Sentindo que é então que tudo vai mudar.

Mas nem sempre assim é!
Há momentos que terminam no abismo,
Onde caímos para nunca mais voltar.
O mundo desaba, a luz extingue-se,
A vida perde todo o seu sentido.
E, por mais que penses,
Por mais que te digam o contrário,
Tudo acaba por se desmoronar.

domingo, 8 de julho de 2007

Procuro palavras


Procuro palavras
Simples, sentidas
Espontâneas, exactas
Fluentes, decididas


Procuro palavras
Que acalmem tormentos,
Silenciem angústias,
Traduzam emoções,
Ordenem pensamentos.


Procuro palavras,
Mas as que encontro
São todas inexactas,
Frágeis, inseguras,
Duvidosas, ocas!


Por isso aqui estou,
Sem ter uma ideia,
Sem inspiração,
Sentindo fugir
Toda a lucidez.


segunda-feira, 2 de julho de 2007

Acima de qualquer suspeita...

Agora que tanto se fala nos professores, que saltaram para a ribalta porque, de repente, toda a gente descobriu que eram a pior espécie ao cimo da terra, sobretudo se forem professores e funcionários públicos, eu sinto necessidade de escrever sobre o tema.
Não vou, como seria de esperar de uma professora com quase trinta anos de serviço, começar aqui a lamentar-me, nem me vou defender, porque não me sinto culpada de nada. Sempre tentei fazer o meu melhor. Mas tenho uma pergunta: quando se escreve, se fala, se debate, se faz humor a propósito dos docentes, incluem-se os do Ensino Superior? Não?! Nem pensar?!Têm a certeza!? Era o que eu esperava. Superior é sinónimo de "à parte", "elevado", "intocável". Se calhar, estou com um problema de sinonímia - não consigo encontrar um sinónimo total. Mas também pouco importa.
E por que motivo falo eu dos senhores professores do Ensino Superior? Por achar que é preciso falar de TODOS os professores. Fui aluna do superior, tenho um fiilho que já foi aluno e ainda tenho outro filho no 4º ano de um curso universitário. Hoje, este último, disse-me uma coisa que julguei anedota. Mas não era. Um dos seus digníssimos professores afixou, na semana passada, uma pauta. Naturalmente, os alunos cumpriram o dever de verificar os resultados. Uns ficaram contentes, outros nem por isso. Passou o fim de semana e, muito mais tranquilo, o senhor professor afixou nova pauta. Também é "quase" normal. Podia ter-se esquecido de um aluno! Mas não! O caricato aconteceu. Alguns dos alunos que já tinham visto a pauta e estavam aprovados na cadeira tiveram uma surpresa: agora estão reprovados! O que era deixou de ser! Felizmente, o meu filho não foi contemplado pela surpresa! Por enquanto! Quem sabe se aquela pauta não estará em constante mudança?
Pergunto eu: se isto acontecesse numa escola secundária o que seria do professor? O dicionário de calão não teria termos suficientes para o insultar, no mínimo!
O que me faz confusão (e já fazia, quando fui aluna) é que no Ensino Superior os alunos não vejam todos as suas frequências, os seus exames, os seus trabalhos. Limitam-se a fazê-los, a receber as notas, ponto final. Querem ver alguma coisa? Então paguem (no privado!); falem com o professor (com cuidado, pode ele voltar a leccionar outra cadeira vossa!); esqueçam o assunto e fiquem na dúvida; vejam, mas apesar do que virem, resignem-se, porque está feito e "eu é que mando", etc.
Podia ficar aqui a contar destas "anedotas" e até outras muito mais interessantes, como aquela em que um professor, na segunda época, mandou sentar os alunos que tiveram menos de seis no primeiro exame, à direita; os que tiveram menos de oito, ao centro; os restantes à esquerda. Porque seria? Para os alunos ficarem mais calmos antes do exame?!!!
Antes de terminar este meu "post", quero dizer que tive excelentes professores e que também os meus filhos tiveram a sorte de encontrar alguns. Humanos, do Superior sem se acharem "superiores", sem medo de serem questionados, porque sabiam o que faziam. Mas os restantes fazem o que querem e até acham que, se são contestados, é porque são exigentes. E exibem esse "estatuto". E não há quem, dentro da instituição, os faça mudar de ideias. Nem sei mesmo se tentam. A ideia que passa para fora das universidades é que o corpo docente está desmembrado! É cada um por si.
Gente incompetente há em todo o lado, professores incompetentes também há em todos os níveis de ensino. Não somos só nós, os do "inferior"! A cada um o que lhe é devido!