segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Palavras...



Para que eu te ouça, as tuas palavras
Têm de sair suaves como o canto da ave
Que sobrevoa o rio no fim de uma tarde de Verão...
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Mas as tuas palavras estão longe, tu o dizes
Apesar do aconchego das minhas, que não ouves,
Mesmo que te sussurre ao ouvido.
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Solta o teu arrependimento, derruba essas paredes
E voltarás a ouvir as palavras que te digo...
Não te refugies, solta a imaginação
E deixa que preencha esse vazio, essa solidão...
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Junta as peças dos sonhos que tu próprio desfizeste
E contrói um novo sonho, nas asas deste amor.
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Não escuto outras vozes, nem ouço as tuas súplicas!
Quero-te reerguido, que lutes, que venças!
Depois, ouvir-te-ei, seguirei teus passos
Iremos junto ao rio, beberemos na fonte
Saciaremos a sede, calaremos as aves.
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As minhas mãos dar-te-ão a calma de que precisas
Os teus olhos verão o brilho do meu rosto
E verás, então, como é linda esta amizade
Cantada nesta tarde calma de Agosto.

"Brincadeira" em torno de um poema de um amigo.