Longos são os dias
Em que me perco
Nas memórias de tempos que não voltam,
Em silêncios que pesam e torturam,
Em confusos labirintos do ser.
Longas são as noites
Em que procuro a paz
E encontro apenas a ausência,
O pesadelo que me sufoca,
A pesada escuridão.
Longa é a vida,
Quando nada resta,
Quando o sonho se perdeu
E tudo é desilusão...
terça-feira, 8 de agosto de 2017
No que é que estou a pensar,
Neste dia de calor,
Pergunta-me a geringonça,
Que até se julga um primor.
Neste dia de calor,
Pergunta-me a geringonça,
Que até se julga um primor.
Não sei se penso, se durmo,
Se apenas tento esquecer,
Estou aqui a olhar pra ti
Por nada ter que fazer.
Se apenas tento esquecer,
Estou aqui a olhar pra ti
Por nada ter que fazer.
Para a rua não posso ir,
Que me mata o sol ardente,
Fico aqui a dormitar
E finjo que estou contente.
Que me mata o sol ardente,
Fico aqui a dormitar
E finjo que estou contente.
Se não quiser dormitar,
Bebo cafés sem destino,
Logo à tardinha nem sei
Para onde me foi o tino.
Bebo cafés sem destino,
Logo à tardinha nem sei
Para onde me foi o tino.
Domingo é dia monótono,
E passa tão lentamente
Que logo depois do almoço
Começo a ficar doente.
E passa tão lentamente
Que logo depois do almoço
Começo a ficar doente.
Não sei se te respondi
E se já estás satisfeito,
Eu não te posso dizer
Tudo o que sinto no peito.
E se já estás satisfeito,
Eu não te posso dizer
Tudo o que sinto no peito.
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
Quando a noite vai caindo lentamente
E o silêncio vai ouvindo a tua dor,
E não sabes se estás triste, se doente,
Se é falta de sorte ou de rigor,
Quando vês a tua vida já passada
E pensas um pouquinho no porvir
E lamentas não teres feito quase nada,
E sabes que em breve vais partir,
Quando só sentes mágoa e impotência,
Te revoltas, te acusas de indulgência,
Mas sabes que assim irás viver,
Não lutes mais. Não percas a paciência.
Aceita que foi tua a incompetência
E espera o teu perpétuo adormecer!
E o silêncio vai ouvindo a tua dor,
E não sabes se estás triste, se doente,
Se é falta de sorte ou de rigor,
Quando vês a tua vida já passada
E pensas um pouquinho no porvir
E lamentas não teres feito quase nada,
E sabes que em breve vais partir,
Quando só sentes mágoa e impotência,
Te revoltas, te acusas de indulgência,
Mas sabes que assim irás viver,
Não lutes mais. Não percas a paciência.
Aceita que foi tua a incompetência
E espera o teu perpétuo adormecer!
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