terça-feira, 26 de junho de 2007

Traços...



Cada traço destes quadros, feitos ontem, corresponde a um dos pensamentos que me torturam dia e noite. Enquanto passo o pincel na tela, sinto-me quase que totalmente alheada do que se passa à minha volta... E isso é bom...

domingo, 24 de junho de 2007

Paisagem alentejana

Alentejo, da minh'alma, tão esquecido vais ficando...

Dar cor ao desespero...












quinta-feira, 21 de junho de 2007

Auto-retrato (Pastiche...)

Forte, de olhos verdes, loiro o cabelo
Mãos calejadas e normal na altura
Temendo fazer sempre má figura,
Pondo no trabalho todo o seu zelo,

Enfrenta o mundo com curiosidade,
Resiste com furor ao dia-a-dia.
Por vezes, sente fraca a ousadia
E vê, já muito ao longe, a mocidade.

Dada na amizade, fiel no amor,
Desejando paz para o mundo inteiro,
Prefere o frio, suporta o calor.

Eis Maria, natural deste canteiro
Plantado junto ao belo rio Sor,
Que escreveu este soneto, o primeiro.

Janeiro/2004


Brincadeira feita numa aula, enquanto os alunos faziam o mesmo exercício, a partir de um soneto de Bocage.

domingo, 17 de junho de 2007

Fantasmas



Sinto-me disléxica. Por mais que tente, não consigo soltar as palavras de que preciso para exprimir o que sinto, apesar de, na minha cabeça, ter mil vozes fantasmagóricas que proferem palavras desconexas, numa vertigem incontrolável.


Acho os dias absurdos. Não encontro solução para a longa equação das minhas dúvidas. Tudo em mim é projecto abandonado e, ao mesmo tempo, é culpa pelo abandono. Em tudo procuro remédio para esta angústia que me deixa exausta. No fundo, sei que o meu problema está identificado e é insolúvel. Mas isso de nada me vale. Continuo a não aceitar que tenha perdido tão cedo o meu porto de abrigo. O teu sorriso. O teu toque. As tuas carícias. O veludo dos teus lábios. As nossas músicas. As nossas danças. Os nossos passeios. A nossa vida.


Tudo se dissipou e resta apenas a memória, mas mesmo essa surje, aqui e além, maculada pela alucinante expressão do teu sofrimento, de dor, de delírio, da indelével tristeza que acompanhou os teus últimos dias. E eu não pude fazer nada, nada, nada... Que sentimento de impotência e que revolta... Que saudade, meu amor!


quinta-feira, 14 de junho de 2007

Futilidades...

Brincadeiras com copos e pratos. Utilidade? Pois, nenhuma ou quase nenhuma...



Quando o trabalho aperta e, de repente, não sabes por onde começar, o melhor mesmo é fazer algo sem interesse, para ver se se recuperam forças. Depois, toca a acelerar!

domingo, 10 de junho de 2007

Mar revolto...

Hoje, dentro de mim, há um mar,
Agreste, frio, medonho, turbulento
Que me faz rodopiar com violência…
Sinto-me perdida entre as ondas,
Em vão busco socorro, que não chega…
Tudo gira, gira em grande náusea
Num louco frenesim que já me cega.
Ó brisa fresca que acaricias
Volta acalmar este vendaval,
Traz contigo o sol, traz a maresia,
Afaga-me o rosto, pára este mal…
Quero voltar à vida, quero sobreviver,
Quero abrir o livro das boas memórias,
Quero sentir o afago, a carícia leve
Dos braços seguros que me amparavam...
Quero sentir o gosto dos momentos calmos,
Dos dias tranquilos que o vento levou.
Quero voltar a ser aquilo que era,
Pois estou cansada, já não posso mais
Continuar a ser aquilo que sou…

sábado, 2 de junho de 2007

Primeiras experiências em acrílico sobre tela...

Geometria a cores... Foto sem rigor geométrico...


Gosto do azul. Gosto de flores. Gosto de paz. Gosto de ti acima de tudo.