quarta-feira, 13 de novembro de 2013

 
 
Já não vejo alegria nos olhares
Nem o gesto terno e carinhoso
Nos corpos indolentes que se arrastam
Pelos bancos de jardins abandonados.
Remoem no silêncio a ansiedade
Da má sorte a que foram condenados,
Neste país que já foi tão glorioso.
Agora, que julgavam já passados
Os tormentos que agitaram os seus dias,
Perderam sonhos, esqueceram ousadias

E olham vagamente as suas vidas,
Sem brilho, sem esperança, sem calor,
Esquecendo alegrias já vividas,
Temendo ver maior a sua dor.

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