São cada vez
mais brancos os cabelos
Que moldam os
rostos tristes, enrugados,
De olhares
petrificados na ausência
E as mãos,
sobre o regaço abandonadas,
Hesitam
entre a revolta e a clemência.
Lá longe, na
memória perturbada,
Vão ficando
os sonhos por cumprir
E, em vez de
uma vida assegurada,
De um
entardecer de tons rosa colorido,
Veem os seus
obrigados a partir
Calando a
dor de um coração ferido…
Não foi o
que quiseram ou sonharam,
Nem pensaram
assim o seu porvir…
Arrastam-se
pelos dias, sem esperança,
Sem pão, sem
forças, sem amor…
Não sabem o
que a vida lhes reserva
Mas sofrem,
em silêncio, a sua dor.
E olham os
homens pequeninos
A quem
prometeram, um dia, a liberdade
Sabendo que
o brilho dos seus olhos
Durará
apenas a inocência da idade…
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