quarta-feira, 23 de outubro de 2013


É a chuva, esta chuva impiedosa,
Que te traz ao meu sonho, ao meu regaço,
E ouvindo-a na noite silenciosa
Sinto a ausência do teu beijo e teu abraço.
Lá fora, nas pedras frias da calçada,
Gemem os beirais um choro sentido e lento
E eu, de uma forma inusitada,
Não quero adormecer neste tormento.
Procuro compreender o triste fado
Fecho os olhos e viajo ao tempo ido
E num instante breve e desejado
Volto a ter-te a meu lado adormecido.
Que chova agora, ribombem os trovões
Ou que até surja bem forte a tempestade
Não temo a vida tão cheia de ilusões
Mas não quero voltar à dura realidade…

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