domingo, 8 de fevereiro de 2009

Palavras

Bebo as palavras que me dizes
E sinto o gosto amargo que me deixam...
Disseco-as, procuro os seus sentidos,
Perco-me nelas e nos seus matizes,
Reconstruo-as de novo, peça a peça,
Construo novos castelos proibidos,
Onde ecoam vãs promessas e desejos
E, no fim, vejo cair tudo a meus pés,
Vejo que o sonho não passa de utopia,
Que a vida é só sonhos e marés
E rendo-me ao fluir do dia-a-dia.

7 comentários:

Pena disse...

Simpática Amiga:
As suas lindas mãos continuam a "fazer" encanto. Delícia. Um poema muito significativo de pureza e beleza. É tão sensível no que escreve. Uma sensibilidade encantadora. Terna. Fabulosa, sentindo o afecto da chuva bela que sai de si. Jorra com satisfação e fascínio. Lindo!
Beijinhos amigos de respeito, estima e imensa consideração.
OBRIGADO pela simpática presença no meu "cantinho". OBRIGADO pela sua doce amizade.
Cordialmente...

pena

Bem-Haja, amiguinha!

Pena disse...

Para quê palavras...?
Lindo. Doce.
Beijinhos de respeito e admiração.
Com cordialidade e afavelmente

pena

Janaina Amado disse...

Olá, estou vindo do blog da Ana Tapadas. Li este poema e os textos abaixo. Pareceram-me bonitos, bem escritos e tristes. Um grande abraço tropical. Voltarei, viu?

Mocho Falante disse...

uma desilusão escrita de forma tão deliciosa, deixa de ser tão forte e tão triste, porque estas tuas palavras souberem amaciar o desalento que a vida às vezes pode ser

beijocas

CMondim disse...

Só para dizer que sinto que o pensamento não é o substracto da nossa existÊncia, basta SER.
este blog é, logo a autora existe ;)
bjs

O Profeta disse...

A sombra da paixão
Uma espada solta no pecado
Um fruto amargo em coração faminto
O abraço inventado do mal-amado

Um caminhar mudo, pés descalços
Uma oração perdida no agreste frio
O chão a correr em desencontro
Como as águas de um inventado rio



Boa semana


Mágico beijo

Rubi disse...

Profundo, e realista!