quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Névoa

(Imagem retirada da net, via Google)

A vida escoa-se entre os dedos desatentos
O corpo refugia-se no silêncio inconsciente
A alma, perdida, procura a utopia
A esperança dilui-se, o sorriso mente...
Não se encontra norte, nem ponto final
Não se vê saída deste labirinto...
Percorrem-se os dias, as noites, os tempos
Numa embriaguês, própria do absinto...
Quisera vencer, derrotar o tédio
Quisera encontrar um sinal, um guia
Mas este cinzento, esta névoa espessa,
Não deixa que o Sol ilumine o dia...

14 comentários:

Peter Pan disse...

Linda Amiga:
Mesmo nos momentos menos bons tem uma capacidade enorme e gigantesca de poderosa sensibilidade poética.
"...Numa embriaguês, própria do absinto...
Quisera vencer, derrotar o tédio
Quisera encontrar um sinal, um guia
Mas este cinzento, esta névoa espessa,
Não deixa que o Sol ilumine o dia..."

Tem um coração admirável e extraordinário.
Admiro a sua deslumbrante atitude de conceber a sua "Arte".
Com sinceridade, adorei!
Parabéns pela sinceridade que transmite com doçura e genialidade "Artísticamente" veserjada com pureza e beleza das palavras.
Beijinhos respeitadores.
Adorei!

Maravilhado....

p.pan

DESCULPE o tardio comentário.

Rafeiro Perfumado disse...

Que tal um GPS? Seria o fim do labirinto...

mariam [Maria Martins] disse...

Irneh,

a vida é mesmo assim...
de momentos
bons, menos bons, muito maus,
mas
sempre os ciclos se completam, e atrás de uns virão outros e assim por diante...
diz a sabedoria popular, e bem "Deus ao fechar uma porta abre logo de seguida uma janela" ou ainda " após a trovoada, vem a bonança"

Calma(se autobiográfico)
parabéns(se mero exercício criativo)

bom fim-de-semana
um sorriso :)

mariam

Alexandre disse...

«A alma, perdida, procura a utopia»...

concordo perfeitamente, quantas vezes me tenho sentido assim...

Muitos beijinhos, Irneh!!!

Mocho Falante disse...

Triste mas belo

adorei

beijocas

Graça Pires disse...

O corpo procura o silêncio. A alma procura a utopia. Bonito e sensível poema. Um beijo.

Clarinda Galante disse...

Sabes que a utopia por vezes não o é tão assim???
Adorei o teu texto, triste mas muito bom.
Jinhos

Gio disse...

Triste como sempre, mas como uma luz muito tua, muito propria.

andorinha disse...

A sensibilidade a falar em palavras de névoa triste. Que em breve, o sol volte a iluminar todos os dias.
Um beijo.

Rubi disse...

Logo, logo o sol vai conseguir atravessar a nevoa. Beijinho

Anónimo disse...

Atrás deste dia outro dia virá, as névoas desaparecem a esperança volta.

Belo poema!

Joana Roque Lino disse...

Irneh,

Mudaste o visual do teu blogue! :)
Estou bem. E tu? Não queres vir conhecer-me à minha terra? :) Beijo

tulipa disse...

OLÁ

Estou de molho, febre, dores no corpo, arrepios de frio...
huuummmm, adivinho o que vem por aí.

Hoje o meu post tem a ver com um mail que recebi e, ao fim de vários meses com a minha auto-estima abaixo de zero...adorei ler o que Paulo Coelho escreve.

BOA SEMANA.
Beijinhos.

Alexandre disse...

beijinhos... desanuviados...