segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Somos eternos peregrinos,
Em busca de sentidos para a vida.
Por vales e montes caminhamos,
Encostados a cajados que encontramos
Para atenuar o nosso sofrimento.
A caminhada é longa, a sede imensa,
Mas, a cada passo, as estradas bifurcam-se
E o sol esconde-se entre as nuvens.


Sentes cansaço, desesperas, choras,
Reergues-te a custo tentando o equilíbrio,
Procuras uma estrela, que ténue te alumia
E tentas prosseguir por mais um dia.
Perguntas o porquê de tanto sofrimento,
Questionas os teus atos em pura contrição,
Não encontras as respostas que querias
E só vês outros na mesma condição.


Porquê? Por que motivo a vida nos condena?
Porque nascemos para tanto sofrimento?
Que força é esta que gere o teu percurso?
Que força é esta que impede que prossigas?
A noite cai, a estrada é agora um precipício
E, de repente, é lá que tu acabas,
Reduzido ao nada que eras no início.

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