terça-feira, 8 de agosto de 2017

No que é que estou a pensar,
Neste dia de calor,
Pergunta-me a geringonça,
Que até se julga um primor.
Não sei se penso, se durmo,
Se apenas tento esquecer,
Estou aqui a olhar pra ti
Por nada ter que fazer.
Para a rua não posso ir,
Que me mata o sol ardente,
Fico aqui a dormitar
E finjo que estou contente.
Se não quiser dormitar,
Bebo cafés sem destino,
Logo à tardinha nem sei
Para onde me foi o tino.
Domingo é dia monótono,
E passa tão lentamente
Que logo depois do almoço
Começo a ficar doente.
Não sei se te respondi
E se já estás satisfeito,
Eu não te posso dizer
Tudo o que sinto no peito.

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