domingo, 19 de março de 2017

A mágoa, a ferida, o coração despedaçado,
Sem forças, sem vontade, sem futuro,
É o que vejo no meu rosto estilhaçado,
Que caminha, decadente, para o escuro.

A vida, não sei que é, nem vou saber...
Eu fui sendo levada pelo tempo
E agora, que me resta senão ser
Um caminhante arrastado pelo vento?

Ninguém ouse dizer que me entreguei,
Que fui insana, fútil ou indolente!
Eu apenas obedeço à estranha lei
Que me faz servir a muita gente...



1 comentário:

CÉU disse...

Olá, estimada irneh (qual será o significado deste nome)?

Como tem passado? Por vezes, passo por cá, mas há sempre tanto silêncio por aqui.

Um poema triste, o que não significa que a irneh esteja ou seja triste. O eu-lírico, muitas vezes, nada tem a ver com a pessoa em si.

A vida arrasta-nos para situações, que não desejamos, mas ela é senhora e rainha. Servir a mta gente, tb é missão de algumas pessoas, como médicos e professores, mas são profissões de entrega e de livre escolha, quase sempre.

Beijos com estima.