Há tanta
coisa que disse,
Tantas que
nunca direi,
Tão pouca
coisa que fiz,
Imensas que
não farei.
Já fui jovem
inocente,
E adulta
convencida,
Hoje nem sei
o que sou,
Na ponta
final da vida.
Tive dores e
alegrias,
Que sempre
achei naturais,
Agora só
tenho dúvidas
Algumas que
são fatais.
Já vivi de
emoções
Que a razão
mal consentia
Agora vivo
da esperança
De ver o
nascer do dia.
Já senti que
a vida é bela,
Também já a
detestei,
Mas há de
ser sempre assim
Que isso
também já sei.