Parti a couraça de ferro frio e forte
Que a vida talhou e me impôs, sem piedade.
Deixei-a fissurar, perdeu a rigidez
E, pela fenda, que cresce a desnorte,
Assoma, sem pudor, muita fragilidade.
Não quero que me olhem!
Virai-vos, por favor!
Foi apenas um momento de má sorte,
Que surgiu, que passou e já se foi.
Suturei o ferro a fogo e dor...
E eis-me aqui de novo reerguida
Para dar o rosto, a face, o peito, a vida,
Sem vacilar, sem me sentir perdida
Neste mundo agreste e impiedoso,
Cujos caminhos inóspitos e incertos
Tornam este percurso doloroso.
Que a vida talhou e me impôs, sem piedade.
Deixei-a fissurar, perdeu a rigidez
E, pela fenda, que cresce a desnorte,
Assoma, sem pudor, muita fragilidade.
Não quero que me olhem!
Virai-vos, por favor!
Foi apenas um momento de má sorte,
Que surgiu, que passou e já se foi.
Suturei o ferro a fogo e dor...
E eis-me aqui de novo reerguida
Para dar o rosto, a face, o peito, a vida,
Sem vacilar, sem me sentir perdida
Neste mundo agreste e impiedoso,
Cujos caminhos inóspitos e incertos
Tornam este percurso doloroso.
1 comentário:
A lembrar Florbela Espanca...
Muito belo.
Beijos.
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