Congela-se-nos
o corpo num arrepio doloroso
Em busca da
alma há muito congelada
E na dor que
cristaliza e nos deixa sem repouso
Ficamos
imóveis, pois já não esperamos nada.
Olhamos o
passado, já distante na memória,
Revemos o
filme que foi a nossa vida
E já não
temos planos, já não temos história,
Pois mesmo a
que tivemos já está perdida.
Brincamos
aos poetas, fingimos renascer
E tecemos
poemas p’ra atenuar a dor
Fingimos
cantar, fingimos viver
Mas depressa
voltamos ao mesmo torpor.
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