quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Perdida, em busca de mim,
Me perco cada vez mais,
Nos caminhos que percorro,
Não encontro os teus sinais.
No silêncio em que me isolo,
Nem ouço meus próprios ais
E exausta nesta luta
Perco forças e vontade
E meus sonhos são fatais.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Congela-se-nos o corpo num arrepio doloroso
Em busca da alma há muito congelada
E na dor que cristaliza e nos deixa sem repouso
Ficamos imóveis, pois já não esperamos nada.
 
Olhamos o passado, já distante na memória,
Revemos o filme que foi a nossa vida
E já não temos planos, já não temos história,
Pois mesmo a que tivemos já está perdida.
 
Brincamos aos poetas, fingimos renascer
E tecemos poemas p’ra atenuar a dor
Fingimos cantar, fingimos viver
Mas depressa voltamos ao mesmo torpor.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Tanta coisa por dizer,
Tanta mágoa a corroer
E o vazio da impotência
Que me transporta à demência...
Porquê?
Porquê tantos dias sem sentido
Tanto momento perdido
E continuar a viver
Continuar a querer
Estar viva, continuar,
Sem saber por quê lutar...