quarta-feira, 4 de abril de 2012

 
 
Queria transformar as minhas mãos
Num pincel de finas cerdas, colorido
E desenhar ao longo do teu corpo
Os sentimentos que, falando, não te digo.
Queria ser a tela onde pudesses
Marcar os teus devaneios loucos
E ser também o modelo que usasses
Para me ires desenhando aos poucos.
Nada disso sou e nada tenho
Neste mundo real e tão cruel
E resta-me a solidão da noite fria
E os sonhos desenhados em papel.

2 comentários:

Rubi disse...

Já tinha saudades de vir cá. Beijinhos e boa Páscoa!

Ana Tapadas disse...

Muito belos: o poema e a tela.

bj