Hoje sou apenas silêncio,
Sou monólogo constante,
Sou o som do desgosto.
Hoje, queria ter-te aqui,
Tocar o teu rosto,
Afagar as tuas mãos,
Numa vertigem louca.
Queria percorrer o teu corpo,
Contar-te os meus segredos,
Partilhar os meus projectos,
Sentir na minha a tua boca.
Queria tanta coisa!
Era um sonho promissor!
Agora, restam a solidão,
A ausência e esta grande dor.
28 comentários:
Olá Irneh, que possa sentir nesse vazio um forte sentimento de amor.
Lancei-lhe um repto no meu blogue no passado Domingo. Se quiser, força!
Um beijinho
Minha querida, deixo-te a Luz do meu Sol...
E muitos beijinhos...
Irneh,
Obrigado pelas tuas generosas palavras no meu espaço.
Estou a adorar o teu blog que já o considerei nos meus favoritos.
Gostei muito desta tua poesia movida de grande carga e sentimento.
Um beijinho
do Pepe.
É bom saborear a dor para quando ela for ausência darmos mais apreço à vida!
Até outro instante
Bom, este quadro está fenomenal e não sei se a minha imaginação está muito fértil mas vejo nele um corpo de mulher! Não sei se foi esse o sentido, mas que tem sentido, tem!!! E de que maneira! Parabéns, és uma pintora e uma poetisa fantástica!
Muitos beijinhos!!!
Vou te contar um segredo
Só a ti.
Eu tenho 40 anos.
Em 19 de Março de 1984 uma porta foi fechada
Deixei de ter o meu pai, faleceu no dia do pai… Como deves perceber para o resto da vida tenho o dia 19 de Março marcado. No dia 22 de Março do mesmo ano e devido às circunstâncias fui afastada da minha mãe. Os meus irmãos acharam melhor trazerem-me para Lisboa.
Passei a ver a minha mãe nas férias da escola e nos Natais ou dias festivos.
Convém que te diga que era a filha mais nova de 7 irmãos.
Em 1988, 20 anos, 29 de Junho, outra porta se fechou.
Faleceu o meu namorado. Estávamos a pensar casar em Dezembro.
Aos 30 anos tive a coragem de toda uma vida e, assumi uma gravidez desejada por mim, perante a família e o meu circulo social, como mãe solteira.
Em Janeiro 2005 mais uma porta encerrada… vi a minha mãe ir embora em 3 meses. Deixou até de me reconhecer.
Tudo isto te conto em relação ao teu comentário de que deixas a porta aberta mas já não entra ninguém.
Estas portas que te falei foram as portas que se fecharam definitivamente para a vida… depois tenho tido fechos de portas emocionais como toda a gente.
Eu aprendi, a partir de 1984 , acabadinha de fazer 17 anos, até hoje a fechar gavetas.
Arrumo os momentos vividos na gaveta correspondente do meu coração. Estão sempre cá. Posso lhes recorrer. Posso agarrar as lembranças, sorrir com as recordações, sentir os beijos, reler as cartas. Enfim prestar-lhes a minha homenagem…ou aconchegar-me no carinho que recebi e reservei.
Mas sempre que uma porta se fechava, uma força superior me enviava algo, que me obrigava a mudar fechaduras e ter portas de novo abertas.
E assim vou vivendo… fecho umas. Abro gavetas no coração… e tento viver.
Ainda bem que temos memória. Ainda bem que temos saudade. Ainda bem que choramos pois o sorriso depois é muito mais límpido.
Só quero que saibas que te entendo bem demais.
Não é fácil …mas somos mulheres fortes e conseguimos.
Beijos
BF
Não precisavas agradecer linda... Só quero que vás buscar essa força que sei que tens e transmites nas telas e nas palavras... e que tentes ir em frente. Caimos mas erguemos-nos de novo.
Bejos e boa noite
É um triste mas lindo poema!
A pintura está fabulosa!
Que tudo te corra bem.
Beijocas
E a saudade dói tanto, amiga! A solidão que ela encerra assim como a nossa impotência para a gerir de forma equilibrada provoca-nos uma angústia que só o tempo atenuará.
Beijinhos
Poema lindo...
Pintura fabulosa!
Miau grd!
Uau, mas que ímpeto este quadro nos revela!
Querida Irneh, não sei se sabe mas tenho uma profunda admiração por si e por se preocupar tanto comigo, com o que escrevo, com o que faço. Deu-me elogios em determinados períodos da minha vida, que me souberam bem e me ajudaram a ver as coisas de uma outra perspectiva.
Tenho apenas 19 anos eu sei, talvez saiba pouco da vida, mas há sempre uma luz, há sempre algo onde nos podemos agarrar. Força! Nunca desista.
Beijo,
Tiaguinho.*
Entrelaçar a poesia com a pintura... É algo de mágico!
Um " DOM" que Deus te presentiou!
Obrigada pela visita...
Beijinhos da
Maria
Deste lado estendem-se por certo uma série de ombros e mãos amigas onde podes sentir que essas vozes interiores vazem eco. São estes laços virtuais, estes fios invisíveis que nos ligam e nos fazem sentir mais próximos. Acho que o poema é ilustrativo do teu sentir. Queria eu aliviar-te ... Um beijo ajuda um bocadinho? Deixo-te aqui uma mão cheia deles.
Neste silêncio, já tomado na meia-noite, construo o meu monólogo e os sons ficam calmos, todo as harpas do universo e escuto os segredos, porque as cores envolvem-me e deixo sair um sorriso promissor de bem estar. Digo boa noite a todo o meu amigo e continuo a navegar...
Gostei do espaço.
Abraço da Alma
Parece que hoje ambos optamos pelo silêncio e mudez das palavras.
Recebe um beijo e um bom dia para ti
Gostei deste "monólogo constante".
Muito bonito, apesar de triste. Força!!!
Obrigado pela tua visita.
Li alguns poemas e gostei.
Voltarei para ler com um pouco mais de vagar...
Beijinhos.
Existe um sentimento de vazio,mas emcontrapartida a imagem tende a cumatar irradiando raios de alegria.
Bjs Zita
Querida Irneh !
Belissímo Acrílico !!!
Quanto ao Poema que acho profundo e revelador, só te posso dizer o que sempre aqui te disse .... que chegue o dia em que possas ser Feliz de novo !
Um Beijo Grande te deixo e votos de um Bom fim de semana !!!
Quanto maior for a espera, mais intenso será o reencontro!
Um beijo...
Poema lindo.
Um beijo.
Mais um belo quadro e um lindo poema, completam-se.
Beijos
Belo poema e pinturas cheias de sentimento.Espero que realmente estes dias arrefeçam um pouco.Muito calor é coisa mesmo desagradável.
boa semana
ola...
Identifiquei-me muito com este....
ADOREI a simplicidade das tua palavras
bjs
Gosto muito destas linhas...parabéns!
continuara sempre a ser um amor, uma saudade...
a dor deve fortalecer o teu ser, testar a tua forca, as tuas reservas...
um sorriso:)
um beijinho
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