Às vezes, olho as profundezas do meu ser
E fico arrepiada.
Que sentimento é este?
Que mistura de dor e de revolta,
Que vontade de fugir e de gritar!
Os dias surgem frios e rotineiros,
A solidão tornou-se habitual.
A frieza ganha espaço no meu íntimo,
A revolta é crescente e natural.
Sei que de nada vale tudo isto,
Nâo há solução para o meu sofrer.
Não sei se há culpados ou se não,
O que sei, com certeza, por agora,
É que se há, como dizem, poder divino,
É de um deus cruel, de um deus que humilha,
Que se alimenta das lamúrias dos seus filhos,
Que, como todos os poderosos que conheço,
Usa o poder para ver bem inquietos
Todos aqueles que de si precisam
E espalha injustiças em todos os seus gestos.
6 comentários:
Acredito que para dar valor ao amor temos de sentir ódio, que para perceber a felicidade temos que sentir a tristeza...Para sabermos o que é há que passar pelo que não é. Só conhecendo os dois polos podemos evoluir. Beijinho
É um deus feito à imagem do homem, imperfeito, e a quem faltou levar umas nalgadas em pequeno para aprender a reconhecer os erros...
Obrigado pela visita, aproveitei e dei umas snifadelas por aqui, mas juro que deixei tudo limpinho!
Um grande RAUF para ti!
Querida Irneh,
...sinto a tua revolta e a tua tristeza...
É natural nestas alturas as pessoas revoltarem-se com Deus... existem coisas que ficam para além da nossa compreensão...
Abraço apertado em ti!
ola irneh venho agradecer a visita ao meu poiso...volta sempre a porta estará sempre aberta
Ou é pura coincidência ou de não, mas o Ano Louco transcreve tuda aquilo que dizes em verso.
Beijinho sonhador
Não há fórmulas, não há conselhos, no entanto o princípio da aceitação ajuda muito. Não apaga a dor mas dá outra postura face ao sofrimento.
***
I.
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