Queria ouvir a chuva na janela
Vê-la escorrer pelo vidro fino e frio
Enquanto eu, aninhada junto a ela,
Sonhava com teus beijos junto ao rio.
Mas não chove, não neva, só venteja
E o meu desejo não pode ser cumprido
E vou ficando neste canto onde
flameja
Uma réstia desta vida sem sentido.
Em meu socorro vem a noite abençoada
Que aligeira em mim a pesada
nostalgia
E espero que a chuva lenta que não
tarda
Te traga em sonhos para mim até ser
dia.