Pudera eu diluir-me na água dos ribeiros
E, disfarçada, percorrer vales e montes,
Ser o azul cobiçado dos amantes
Ou o berço dos nenúfares soalheiros.
Pudera eu ser vapor e nuvem ser
E desenhar meus sonhos no azul celeste
E, quando a minha alma negra fosse,
Transformar-me numa forte chuva agreste.
Pudera eu ser o sol que te acompanha
Ou a lua que sabe os teus segredos,
Ser a estrela cadente dos teus sonhos,
Ser a paz, ser feliz e não ter medos.
Mas nem água, nem vapor, nem nuvem leve,
Nem o Sol, nem estrela, nem a lua,
Sou apenas uma ilusão, 'inda que breve
E aguardo o rio que me torne sua...
E, disfarçada, percorrer vales e montes,
Ser o azul cobiçado dos amantes
Ou o berço dos nenúfares soalheiros.
Pudera eu ser vapor e nuvem ser
E desenhar meus sonhos no azul celeste
E, quando a minha alma negra fosse,
Transformar-me numa forte chuva agreste.
Pudera eu ser o sol que te acompanha
Ou a lua que sabe os teus segredos,
Ser a estrela cadente dos teus sonhos,
Ser a paz, ser feliz e não ter medos.
Mas nem água, nem vapor, nem nuvem leve,
Nem o Sol, nem estrela, nem a lua,
Sou apenas uma ilusão, 'inda que breve
E aguardo o rio que me torne sua...