sexta-feira, 11 de julho de 2014

É nesta amarga imensidão dos dias,
Que percorro, desamparada, as estradas do silêncio
E, sem fôlego, se me apaga a voz
E se me entorpecem os sentidos.
Tento esbater em mim a consciência
E distanciar-me de mim própria
Como se não soubesse quem sou
E é tão grande o fingimento
Que, quando o cansaço me derruba
E os olhos marejados se entregam,...

Não sei mesmo quem sou,
Não me reconheço quando me observo
E não sei para que sirvo...
Que estranha e indecifrável missão
Terão escrito no programa da minha vida?